A partir da presença do indizível da peça homónima de Jean-Luc Lagarce, a exposição “Tão Só o Fim do Mundo” sintetiza a trajetória do artista luso-brasileiro Paulo Aureliano da Mata em sua investigação teórico-prática acerca de procedimentos artísticos em que mescla sua autobiografia com outras histórias reais e ficcionais, reunindo elementos da literatura, da cultura contemporânea e de mitologias de civilizações diversas. Através de uma colagem expositiva de treze “experimentações” concebidas entre 2013 e 2019 e com o propósito de falar da temporalidade, da finitude e da memória, a palavra é vista roubando o protagonismo da imagem, ou a imagem apenas acompanha a palavra, assim, revelando o sintoma de um profundo desejo de comunicar com o(a) espectador(a), cuja a leitura ativada dessa palavra torna-se uma espécie de “encenação” nos quais desaguam os afetos que vêm povoar o espaço onde os corpos presentes se encontram.
Conversa Livro da Mata sou eu, por mim mesmo! com Paulo Aureliano da Mata
Sinopse em breve.
Duração de aproximadamente 90 minutos.
Exibição de Filmes
12 de janeiro de 2019
O Processo, Maria Augusta Ramos
Brasil, 2018, Doc., 140′, Cor, M/Livre, Com Legenda em Inglês
O documentário acompanha a crise política que afeta o Brasil desde 2013 sem nenhum tipo de abordagem direta, como entrevistas ou intervenções nos acontecimentos. A diretora Maria Augusta Ramos passou meses no Planalto e no Congresso Nacional captando imagens sobre votações e discussões que culminaram com a destituição da presidenta Dilma Rousseff do cargo.
19 de janeiro de 2019
La Féerie des Ballets Fantastiques de Loïe Fuller, Georges R. Busby
França, 1934, Doc., 29’, P&B, M/12, Cinémathèque de la Danse/Centre National de la Danse
Loïe Fuller é uma das pioneiras da dança do século XX. Chegada da music hall, Fuller é uma das primeiras artistas a usar os efeitos cênicos como parte integrante da sua coreografia, com uma finalidade narrativa. Ela é mais conhecida pela sua “Dança Serpentina”. Em 1891 aprende a dança da saia, um encontro entre o flamenco e o can-can francês. Neste movimento é usada a saia como percurso de ação no espaço, desenhando forma efêmeras com contornos particulares e irrepetíveis.
Tão Só no Fim o Mundo, Xavier Dolan
Canadá, 2016, Fic., 95′, Cor, M/14, Com Legenda em Português
Após doze anos de ausência, um escritor regressa à sua terra natal com o intuito de anunciar à família a sua morte iminente. São encontros com o círculo familiar, a mãe, a irmã, o irmão e a cunhada, onde transparece o amor, apesar do reviver de eternas querelas, e onde ele, embora não queiramos, sobrevém aos rancores nascidos da dúvida e da solidão.
FICHA TÉCNICA
Paulo Aureliano da Mata: Tão Só o Fim do Mundo
Texto: Camila Alexandrini
Financiado: Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura e DGArtes/Direcção-Geral das Artes
Agradecimentos: Camila Alexandrini, Maria Augusta Ramos, Tales Frey e Tânia Dinis
De 11 de janeiro a 16 de março de 2019
Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA)
Rua Padre Augusto Borges de Sá, Guimarães, Portugal, 4810-523
Terça a domingo, das 14h30 às 19h
Entrada livre
Contacto: geral@centroaaa.org
Telefone: +351 253 088 875
Website: centroaaa.org