Exposição (Tra)vestir um fa(c)to, de Cia. Excessos (Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey). Curadoria de José Maia. Textos de André Masseno e Julia Pelison. De 23 de maio a 13 de junho de 2015. Espaço MIRA, Porto, Portugal.
-> 23/05/2015: Performance Reciprocidade Desalmada, de Tales Frey (com participação de Ana Santos, Angelina Nogueira, Helena Ferreira, Paula Guedes, Priscilla Davanzo e Ricardo Braga), às 17h
-> 30/05/2015: Silvestre Pestana conversa com Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey, às 17h
Ver em: https://www.facebook.com/events/381271635393310/
Sinopse: Travestir-se ou vestir-se? De facto, há restrições sobre o uso de um determinado fato; ele pode funcionar como um mero adorno ou como um completo transtorno para uma sociedade ainda amparada por normas sistematicamente machistas/sexistas, heteronormativas/binárias, seja de forma radical ou branda. Sobre o corpo e através dele, (tra)vestimo-nos de políticas para abandonarmos os fardos tão pesados, ultrapassados e politicamente incorretos como são hoje os casacos de pele. Queremos trajes leves e os feitos de peles literalmente ou metaforicamente arrancadas sem escrúpulos para nos cobrir de tantas condições enfadonhas. Rogamos por liberdade e não por compostura. O adorno corporal, segundo consta em pesquisas antropológicas, antes de servir para ocultar a nudez por proteção ou pudor, vinha enfeitar, extravasar o que não precisava permanecer enclausurado no sujeito, exibia-se como transbordamento do “self”. Com (Tra)vestir um fa(c)to, (tra)vestimos de contexto-contestador o que ainda é anunciado como parêntese em nossas existências e não inserido livre e solto em grande parte dos discursos vigentes.