terra abrecaminhos (2023)

 

Carolee Schneemann, Hand-Heart for Ana Mendieta [detalhe], 1986

 

QUANDO O ENTRE-LUGAR APONTA PARA NOVAS DIREÇÕES

Danilo Santos de Miranda

[Diretor do Sesc São Paulo]

 

Para sobreviver às Fronteiras,

você deve viver sin fronteras,

ser uma encruzilhada.

— Gloria Anzaldúa, autora chicana

 

Os sulcos formados no solo por onde corre um rio podem, pouco a pouco, redesenhar sua direção, remodelar a terra, abrir canais, formar novas paisagens – como uma ferida aberta na pele capaz de criar, para além da dor, uma nova textura. As ambivalências dessas fissuras em uma superfície têm em comum algo relativo ao tempo: é preciso que ele se desenrole para que novas corporalidades emerjam.

Enquanto uma fresta é esculpida, entre-lugares são criados, fronteiras, um espaço-tempo entre algo que virá a ser. Em confronto com a definição temporal hegemônica, moderna e ocidental, concebida de modo cronológico e linear, outras culturas se elaboram em temporalidades distintas, de modo que a linha reta circula e funda noções como a de tempo espiralar, a dilatação e confluência de passado, presente e futuro.

Nas artes visuais, a escolha de como contar uma história pode ser exercitada por curadorias que retomam caminhos, subvertendo cronologias na escavação sutil de outros modos de dizer sobre as existências. A exposição terra abrecaminhos propõe expansões espaço-temporais e assume a fronteira como lugar: invoca a artista Ana Mendieta como figura renomada e basilar para gerações de artistas implicadas na arte da performance, desde os anos 1970, e entrecruza ancestral e contemporâneo nesta mostra coletiva que reúne pessoas artistas cujas pesquisas e obras são atravessadas pela articulação entre corpo, territórios, trânsitos e transições.

Margeada por perspectivas feministas que interseccionam marcações sociais e compreendem identidades humanas para além de categorias biológicas ou universalizantes, esta exposição é acionada como recurso para elaborações na contramão de discursos impostos que apagam rastros e vestígios, marginalizando-os. Para o Sesc, a ação cultural pode se valer da circularidade temporal para fomentar atravessamentos e se fazer presente no exercício de enunciação de novas direções estéticas, subjetivas e materiais para a vida.

 

Márcia X., Imagem, 1997

 

Fronteira-morada como lugar entre poesia e retórica

Hilda de Paulo e Maíra Freitas

[curadoras]

 

Este é o meu lar

esta fina fronteira

de arame farpado.

 

Mas a pele da terra não tem costuras.

— Gloria Anzaldúa [1]

 

terra abrecaminhos, rente ao chão de minúsculas letras e irmã do posicionamento político de bell hooks — cuja obra, construída na travessia da vida, sobrepunha-se ao próprio nome, por isso grafado sem maiúsculas —, é convite e reverência às veredas que se abrem quando corpos-territórios se encruzam. As trinta pessoas artistas em aliança nesta exposição coletiva operam construções estéticas impulsionadas pela performatividade e pela relação íntima de seus corpos e sensibilidades político-espirituais com emanações dos espaços por onde transitam — em seu tempo presente, mas também no tempo anterior e ancestral, e nos tempos ainda em devir, gestados pela coragem de abrir os próprios caminhos ao caminhar.

A professora, escritora e poeta afro-estadunidense bell hooks (1952–2021), em sua vasta e densa produção intelectual que se debruça centralmente a pensar questões étnico-raciais, de gênero e classe — com influências diretas da pedagogia freiriana — ao voltar-se para produtos da cultura de massa a fim de escrutinar a questão da representação da negritude — pela perspectiva das espectadoras —, desenvolve um importante instrumento de análise: o olhar opositor[2]

Pensando o olhar como gesto também político e construído socialmente, hooks articula dois movimentos fundamentais na busca continuada por epistemes visuais que reflitam — como reflexo e densidade — o que pode significar o poder envolvido em construir imagens artísticas quando agenciado por pessoas negras: a recusa a ser objetificada em exercícios de representação de operadores hegemônicos e o escape da assimilação de símbolos e práxis da branquitude no campo das imagens.

É nessa dupla recusa que imagens vão se compondo, como vapores etéreos do campo das ideias, dos afetos, dos ativismos, com molas propulsoras de criação várias — vindas do mundo em fricção com os universos interiores e repertórios memoriais das pessoas artistas. Imagens que serão fruídas, lidas, interpretadas, percebidas por corpos sensorial-intelectual-espiritualmente dotados de potência — os corpos espectadores. Assim, diante do olhar destes, os gestos poéticos materializados se desdobram em poesia e retórica, esses dois aportes de presença invocados por Audre Lorde (1934–1992) em “Poder”, poema de 1976, no qual a escritora e poeta feminista afro-estadunidense, a partir da diferenciação, convoca à orí-entação pela convergência:

 

Eu não consegui tocar a destruição

dentro de mim.

Mas a não ser que eu aprenda a usar

a diferença entre poesia e retórica

meu poder também vai jorrar corrupto feito mofo envenenado [3]

 

Para que possamos compor na terra exercícios contranarrativos, a coalisão entre poesia e retórica se faz modo de construção revelado a partir do encontro com a própria voz, essa que se ergue [4] com a cosmopercepção de si mesma como ponto de partida para agenciar dados do mundo.

Tomar para si, em gesto de responsabilidade comunal, o poder de erguer a voz é também o chamado urgente e voraz que a escritora chicana Gloria Anzaldúa (1942–2004) nos faz, partindo da consciência de que as palavras são ferramentas de aparição diante da guerra dos apagamentos sistêmicos operados pelo opressor em comum. Em ensaio fundamental, de 1981, intitulado “Falar em línguas: Uma carta para as escritoras do Terceiro Mundo”, a autora parte da geolocalização política dos feminismos terceiro-mundistas para propor escritas contranarrativas:

 

Joguem fora a abstração e o aprendizado acadêmico, as regras, o mapa e a bússola. Sintam seu caminho sem antolhos. Para tocar mais pessoas, as realidades pessoais e sociais devem ser evocadas — não por meio da retórica, mas de sangue e pus e suor.

Escrevam com seus olhos como pintoras, com seus ouvidos como músicas, com seus pés como dançarinas. Vocês são as profetisas de pena e tocha. Escrevam com suas línguas de fogo. Não permitam que a caneta as exile de vocês mesmas. Não permitam que a tinta coagule em suas canetas. Não permitam que o censor aniquile a faísca, nem que as mordaças abafem sua voz. Coloquem suas merdas no papel.

Não nos reconciliamos com os opressores que afinam seu uivo com nossa dor. Não estamos reconciliadas. [5]

 

Anzaldúa desenvolve intrincadas reflexões acerca de gênero-sexualidade-territorialidades para compor aquilo que nomeará como pensamento mestiço, aquele que é gestado na própria condição fronteiriça que corporeidades — frutos de diásporas e deslocamentos ou, ainda, em trânsito — ocupam. A fronteira é elaborada pela autora como “uma morada conflituosa e não apenas [como] uma defesa entre Nós/outras. A fronteira é uma membrana porosa através da qual escorrem mercadorias, pessoas, significados”. [6] Trata-se, portanto, de um espaço que abre caminhos para a feitura de enlaces e pontes entre sujeitos que partilham de limitações para a articulação da voz; territórios de criação de comunhões amorosas, nesse enlace entre as línguas de hooks e Anzaldúa.

Consolidações materiais de sonhos e desejos, quando transbordados em processos poéticos, podem se constituir enquanto caminhos nas terras já batidas por pessoas artistas-curadoras-teóricas de antes. Em 1980, a artista cubana Ana Mendieta partilha, com Kazuko Miyamoto e Zarina Hashmi, a curadoria de Dialéticas do isolamento: Uma exposição das mulheres artistas do Terceiro Mundo dos Estados Unidos. A coletiva congregava oito artistas, mulheres cisgêneras afro-americanas, chicanas, indiana e brasileira: Judith Baca, Beverly Buchanan, Janet Henry, Senga Nengudi, Lydia Okumura, Howardena Pindell, Selena Whitefeather e Zarina.

A exposição aconteceu na A.I.R. Gallery [7] (Nova York, EUA), fundada em 1972 por um grupo de vinte artistas, e à qual Ana Mendieta estava vinculada desde 1978. Foi a primeira galeria de arte estadunidense gerida por artistas mulheres cisgêneras, onde a crítica era praticada como modo de pesquisa poética, incluindo quebras hierárquicas do sistema da arte vigente, com as autocuradorias, por exemplo — prática que revelava a ausência de curadores ou instituições que acolhessem suas práticas artísticas.

Em 2018, em comemoração aos 45 anos da A.I.R. Gallery, e dando continuidade à prática de horizontalidade curatorial, Roxana Fabius, Patricia Hernandez e Carla Zurita revisitam o histórico expositivo da instituição e, operando atualizações feministas críticas, levam ao público a coletiva Dialéticas do enredamento: Existimos juntas? Atualmente, a galeria segue em funcionamento com suas atuações artístico-ativistas, incluindo em sua gestão artistas não bináries e abarcando categorias sociais outras da diferença e pluralidades culturais.

A coletiva histórica curada por Mendieta, Miyamoto e Hashmi ocupa espaço ancestral para a história das exposições feministas que tensionam fronteiras transnacionais como morada-lugar de criação. Fronteiras que não rasgam ou seccionam a terra, mas atuam como espaços de trânsito, fomentando modos de fazer-se a si: em cruzamentos com o território e com as diferenças.

Em 2023, no desenho arquitetônico para o galpão do Sesc Pompeia, a exposição Ana Mendieta: Silhueta em fogo se encerra com as águas do Atlântico negro do filme Ochún (1981), que se põe em conversa com as águas doces que irrigam terra abrecaminhos, coletiva que enraíza saberes feministas localizados pela régua de experiência de cada pessoa propositora de imagens, formando encruzilhadas, traços que recortam territórios sem comprimi-los, e abrindo passagens para que a vida transborde sobre a pele do mundo.

A imagem dos transbordamentos se volta também para a própria forma de operar reflexões feministas a partir de categorias binárias como homem/mulher. Se pensar a partir dos processos de outrização a que as mulheridades são sistemicamente lançadas nos ajuda a compreender os regimes de subalternização e opressão, ainda é preciso nos lembrarmos da condição normativa das próprias categorias e lavrar caminhos possíveis para transbordá-las em outras línguas/vozes.

Visto que, no processo histórico de colonização das Américas, os sujeitos nativos foram denominados pelos invasores como machos e fêmeas, isso revela homem e mulher como categorias civilizatórias a serem alcançadas dentro dos parâmetros da colonialidade de gênero. [8] A própria constituição do sexo biológico responde a um ordenamento de gênero que é binário, visto que pensa justamente pênis e vagina como opostos complementares. Então, a partir dessa compreensão, para pessoas não normativas, o gênero emergiria como uma sobrecodificação colonial da inumanidade que, de diferentes modos e medidas, ainda ecoa nas relações sociais contemporâneas. Mas, sendo a construção categórica passível de transformações nos tempos-espaços da cultura, mulher se constitui como situação histórica e funcionamento, não operando como ontologia, já que não há essência constante no ser mulher. [9] Poderíamos, então, tomar a categoria gênero como tecnologia [10], com a qual nomeamos certos funcionamentos de nossas práticas sociais e o funcionamento da sociedade em relação a nós.

Pensada a partir das inflexões críticas decoloniais dentro das teorias feministas, e colocando em relevo a circularidade das contranarrativas que retornam às ancestralidades para recompor a imagem do presente, abrindo respiros na terra com as intrincadas movimentações de artistas dentro dos feminismos e suas pontes por solidariedades amorosas entre nós — pois curso d’água não costura, recorta para alimentar —, terra abrecaminhos reverencia o corpo, este que se produz enquanto se preenche de significação, este que é, nos termos de Gloria Anzaldúa e Cherríe Moraga, teoria na carne em gesto de fazer artístico.

 

Diríamos que a teoria na carne [theory in the flesh] busca destacar a forma como os corpos são produzidos e o sentido que lhes é atribuído. Assim, aquilo que pensamos, pensamos com e a partir da carne. Quando trabalhamos, não apenas colocamos nosso corpo em ação, mas, acima de tudo, pensamos com e através dele. [11]

 

A íntima relação entre carne-corpo e modos de pensar-fazer se revela nas operações estético-materiais das obras de terra abrecaminhos, que partem da performatividade entre artista e território — material, político, memorial, ficcional. Elementos como terra, água, sangue, flora e fauna se entrecruzam em uma percepção abrangente da própria inserção humana na natureza — esta mesma lida e relacionada pelos agenciamentos da cultura.

Se a terra se movimenta, com seus membros tectônicos em longos e lentos balançares — por vezes com seus interiores se precipitando em erupção — o movimento humano sobre a pele também é contínuo — em outro tempo, é certo. As diásporas e migrações forçadas pelos operadores da História, os trânsitos por desejos e sonhos de descoberta ou retorno levam os corpos pela pele do mundo, carregando consigo sempre algo de suas origens — como o pó que recobre os corpos em caminhada.

E, por sobre a terra do mundo, os transbordamentos de águas unem territórios e recortam outros tantos. Se o Atlântico é a ponte entre Brasil e África, quantos rios fazem as pontes entre regiões de culturas diversas como as de nosso país de dimensões continentais? As pessoas artistas de terra abrecaminhos ondulam por categorias temáticas que se transbordam, unidas por águas que separam enquanto também fomentam aproximações. O exercício curatorial-analítico de aproximação entre obras foi operado aqui a partir da noção de fronteira, esta que é lugar. Portanto, é possível pensar a exposição coletiva terra abrecaminhos a partir de eixos-chave de leitura transbordantes, e não de contornos estrangulantes.

As cerâmicas submersas em água de Rachel Hoshino, a carne de Celeida Tostes gestada pelo barro, a complementaridade entre as rochas e o corpo de Laura Aguilar, assim como as cartografias-pinturas evaporadas de Suzana Queiroga se aproximam disso que nomeamos de poética das circularidades, do caráter contínuo da natureza que nos atravessa em forma de vida, também presente em Lia Chaia e Patricia Domínguez.

A palavra vocalizada em canto para a terra e seus frutos, de Cecilia Vicuña, dialoga com o rito/rio de tatiana nascimento, evocando a poética das espiritualidades, em obras que dão a ver íntimas relações de conexão das artistas com o ambiente, ora concreto como a cordilheira andina, ora abstrato como as margens aquosas que compõem um poema.

Movimentos generosos de retorno que amparam o contorno de autolocalizações geopolíticas e epistêmicas são evidentes nas poéticas das ancestralidades desenvolvidas por Caroline Ricca Lee, em suas “ficções especulativas” sobre a ascendência sino-japonesa; Amy Bravo, fabulando acerca de sua ascendência cubana; e por diversas artistas afro-brasileiras como Rubiane Maia, Larissa de Souza, Tadáskía e Vulcanica Pokaropa, esta última generificando obra fotográfica icônica do movimento negro brasileiro.

Nas poéticas das radicalidades, o corpo diretamente implicado como material para elaborações retóricas de risco surge nas produções de Márcia X., Brígida Baltar, Yara Pina, Regina José Galindo, Beth Moysés, Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma, Las Nietas de Nonó e Panmela Castro.

E a poética das comunhões amorosas se dá a ver nas amarrações entre territórios e culturas elaboradas por Puta da Silva; pelo trio de artistas Gil DuOdé, Virginia Borges e Virginia de Medeiros; e por Vitória Basaia, esta última amalgamando signos culturais e representações de diversas naturezas.

Carolee Schneemann vira as chaves desses eixos analíticos de forma exemplar, transbordando sua comunhão amorosa e radical com Ana Mendieta a partir das marcas que sua tinta imprime na neve — coagulando em circularidades o encontro sobre vida e morte que vivenciou nas fronteiras do inconsciente, nesse campo em que o racional se expande em percepções para além do mundo concreto, o das espiritualidades. A vida da artista cubana — nós nunca esqueceremos o que aconteceu com Ana Mendieta — esculpe fronteira de lugar-morada para a ancestralidade que Schneemann poderia ter ocupado antes se o tempo da natureza e da cultura não se atravessassem de formas violentas.

Neste Brasil de 2023, terra abrecaminhos interrompe as águas sinuosas que recaem nas vidas de pessoas artistas que encarnaram — de seus lugares de experiência — formas de amaciar as ásperas tramas das histórias. Com suas escritas vorazes materializadas em obras de arte contemporânea, encontram-se nas encruzilhadas e nos oferendam pontes entre poesia e retórica. E, no coração da exposição, o espaço educativo, está a mentora espiritual deste projeto feito com e através da carne: Gloria Anzaldúa, que, em aliança com Cherríe Moraga, escreveu This Bridge Called My Back: Writings by Radical Women of Color (1981), letras ainda interditas para aquelas que somente falam as línguas desta terra.

 

NOTAS

[1] ANZALDÚA, Gloria. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. San Francisco: Aunt Lute Books, 1987, p. 3.

[2] hooks, bell. Olhares negros: Raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019.

[3] LORDE, Audre. Entre nós mesmas: Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 123.

[4] hooks, bell. Erguer a voz: Pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019.

[5] Ver o ensaio epistolar “Falar em línguas: Uma carta para as escritoras do Terceiro Mundo”, de Gloria Anzaldúa, com tradução de Juliana Fausto, na publicação de terra abrecaminhos.

[6] AVENDAÑO, Martha Palacio. Gloria Anzaldúa: Poscolonialidad y feminismo. Barcelona: Editorial Gedisa, 2020, p. 49-50.

[7] Ver: <https://www.airgallery.org/history>.

[8] MCCLINTOK, Anne. Couro imperial: Raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

[9] OYEWÙMÍ, Oyèronké. “Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas”. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: Perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 84-95.

[10] LAURETIS, Teresa de. Tecnologia de gênero”. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

[11] AVENDAÑO, Martha Palacio. Gloria Anzaldúa: Poscolonialidad y feminismo, op. cit., p. 30.

 

Imagens da conversa on-line O Legado de Gloria Anzaldúa com AnaLouise Keating e Juliana Fausto

 

Programação Paralela de terra abrecaminhos

Idealizadora da Programação Paralela de terra abrecaminhos: Hilda de Paulo

 

19 de setembro de 2023, a partir das 10h

SPEIREIN

Performance com Rubiane Maia

 

21 de setembro de 2023, às 19h

Ana Mendieta e o Atlântico negro

Conversa entre Genevieve Hyacinthe e Daniela Labra

 

29 de setembro de 2023, às 19h

A Página que você Procura Não foi Encontrada

Performance com Las Nietas de Nonó

 

21 de outubro de 2023, 15h

Percebendo a Natureza Urbana

Curso com Giulia Passarinha

 

25 de outubro de 2023, às 19h

Cultura de Terreiro e Questões de Gênero-Sexualidade

Conversa com Letícia Nascimento, Sidnei Nogueira e Maíra Freitas

 

27 de outubro de 2023, às 19h

Culto contra os Embustes

Performance de Panmela Castro

 

01 de novembro de 2023, às 19h

Escrever com Tochas

Conversa com Amara Moira, Ellen Lima, tatiana nascimento e Maíra Freitas

 

07 de novembro de 2023, às 19h

Performance da Serpentina

Performance com Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma

 

08 de novembro de 2023, às 19h

a situação DA brasileira

Performance com Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma

 

09 de novembro de 2023, às 19h

Cabelódroma X.

Performance com Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma

 

10 de novembro de 2023, às 19h

A Medida do Corpo

Performance com Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma

 

11 de novembro de 2023, às 18h

Bate-papo terra abrecaminhos: Performance

Conversa com Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma e Maíra Freitas

 

17 de novembro de 2023, às 19h

Máscara-corpo

Performance com Lia Chaia, Laila Padovan, Leandro Berton e Ciro Godoy

 

18 de novembro de 2023, às 15h

Percebendo a Natureza Urbana

Curso com Giulia Passarinha

 

22 de novembro de 2023, às 19h

O Legado de Gloria Anzaldúa

Conversa on-line com AnaLouise Keating e Juliana Fausto

 

02 e 03 de dezembro de 2023, às 14h

Performance desde as margens: Ana Mendieta

Curso com Ana Lucchese

 

09 a 14 de janeiro de 2014

Mostra de Filmes

09 de janeiro, às 17h – “!Woman Art Revolution” (2010), de Lynn Hershman Leeson

09 de janeiro, às 20h – “Ana Mendieta: Fuego De Tierra” (1987), Kate Horsfield e Nereyda Garcia-Ferraz

10 de janeiro, às 17h – “ALTAR│Cruzando Fronteras, Building Bridges” (2009), de Daniele Basilio e Paola Zaccaria*

10 de janeiro, às 20h – “Vai e Vem” (2022), de Fernanda Pessoa e Chica Barbosa

11 de janeiro, às 17h – “Nuestros Cuerpos son sus Campos de Batalla” (2021), de Isabelle Solas

11 de janeiro, às 20h – “Paloma” (2022), de Marcelo Gomes

12 de janeiro, às 17h – “Intransitivo: Um documentário sobre narrativas trans” (2023), de Gabz 404, Gustavo Deon, Lau Graef e Luka Machado

12 de janeiro, às 20h – “Orlando, Minha Biografia Política” (2023), de Paul Preciado

13 de janeiro, às 17h – “Donna Haraway: Story Telling for Earthly Survival” (2016), de Fabrizio Terranova

13 de janeiro, às 20h – “Breaking the Frame” (2012), de Marielle Nitoslawska

14 de janeiro, às 13h – “bell hooks: Cultural Criticism & Transformation” (1997), de Sut Jhally**

14 de janeiro, às 18h – “Camille & Ulysse” (2021), de Diana Toucedo

 

* Com vídeo introdutório de Dri Azevedo.

** Com vídeo introdutório de Mariléa de Almeida.

 

13 de janeiro de 2024, às 15h

Percebendo a Natureza Urbana

Curso com Giulia Passarinha

 

16 de janeiro de 2024, às 19h

Epistemicídio e Reparações Históricas

Conversa com Joacine Katar Moreira e Maíra Freitas

 

17 de janeiro de 2024, às 19h

Identidades Transmasculinas e o Transfeminismo

Conversa com Caio Jade, Ian Habib e Rodolpho Corrêa

 

19 de janeiro de 2024, às 20h

Ato Delicado

Performance de Panmela Castro

 

Fotografias de Joana França

 

Ficha Técnica

 

SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO

Administração Regional no Estado de São Paulo

 

PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL 

Abram Szajman

 

DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL

Danilo Santos de Miranda

 

SUPERINTENDENTES

Técnico-social Rosana Paulo da Cunha • Comunicação Social Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves • Administração Jackson Andrade de Matos • Assessoria Técnica e de Planejamento Marta Raquel Colabone • Consultoria Técnica Luiz Deoclécio Massaro Galina

 

GERENTES

Artes Visuais e Tecnologia Juliana Braga de Mattos • Estudos e Desenvolvimento João Paulo Guadanucci • Artes Gráficas Rogério Ianelli • Assessoria de Relações Internacionais Heloisa Pisani • Educação Para Sustentabilidade e Cidadania Denise Baena • Sesc Pompeia Monica Carnieto

 

EQUIPE SESC

Alexandre Leopoldino, Bárbara de Carvalho, Bárbara Iara, Camila Castro, Cesar Albornoz, Daniel Ramos, Dora Feliciano Teixeira, Elaine Barros Martins, Fabio Vasconcelos, Fabíola Tavares Milan, Fernanda Conejero, Jane Eyre Piego, José Renato Alegreti Dias, Juliana Okuda Campaneli, Karina Camargo Leal, Leandro Vicente, Lígia Zamaro, Lilian Ambar, Mariana Lins Prado, Marina Pinheiro, Mauro Marçal, Pablo Perez, Paulo Delgado, Pedro Leme, Priscila Machado Nunes, Rachel Amoroso, Rafael Della Gatta Soares, Regiane Gomes, Renato Banti, Robson Lima, Rogério Rodrigues, Sérgio Pinto, Silvia Hirao, Silvio Basilio, Silvio Luiz da Silva, Suellen Barbosa, Thiago de Brito, Tina Cassie, Vanessa Rosado, Victor Iglesias, Yuri Cumer

 

EXPOSIÇÃO terra abrecaminhos

Artistas Carolee Schneemann, Rachel Hoshino, Brígida Baltar, Celeida Tostes, Rubiane Maia, Larissa de Souza, Suzana Queiroga, Tadáskía, Caroline Ricca Lee, Amy Bravo, Laura Aguilar, Cecilia Vicuña, Lia Chaia, Vitória Basaia, tatiana nascimento, Sallisa Rosa, Regina José Galindo, Márcia X., Yara Pina, Beth Moysés, Panmela Castro, Grasiele Sousa a.k.a. Cabelódroma, Vulcanica Pokaropa, Puta da Silva, Gil DuOdé, Virginia Borges, Virginia de Medeiros, Patricia Domínguez, Las Nietas de Nonó • Curadoria Geral Daniela Labra • Curadoria Adjunta e Coordenação de “terra abrecaminhos” Hilda de Paulo • Assistente de Curadoria Maíra Freitas • Idealizadora da Programação Paralela de “terra abrecaminhos” Hilda de Paulo • Produção Executiva MADAI, Angela Magdalena • Produção Geral Fabiana Caldart, Luar Franzine • Assistência de Produção Ronye Quintieri • Projeto de Expográfico GRU, Studio Jeanine Menezes • Equipe de Projeto Expográfico Lia Untem, Lucas Donangelo • Projeto de Identidade Visual e Design Elaine Ramos, Julia Paccola, Nikolas Suguiyama • Organização Editorial de “terra abrecaminhos” Hilda de Paulo • Pesquisa e Redação de Verbetes e Textos de “terra abrecaminhos”  Caio Jade, Gabrieli Simões, Hilda de Paulo, Isabeli Santiago, Joacine Katar Moreira, Letícia Carolina Nascimento, Maíra Freitas, Mariléa de Almeida, Tales Frey, val flores • Autoras Traduzidas Cherríe L. Moraga, Gloria E. Anzaldúa • Gestão de Textos e Licenciamento Gustavo Mendes • Tratamento de Imagens Rebeca Figueiredo • Revisão de Texto Cícero Oliveira, Cristina Yamazaki, Lilian Moreira Mendes, Ricardo Liberal, watt – texto e tradução • Tradução Juliana Fausto, watt – texto e tradução, Matthew Rinoldi • Produção Gráfica Marina Ambrasas • Editora Web Brenda Amaral • Coordenação de Ação Educativa Marcela Tiboni • Equipe Educativa Alice Yura, Beatriz Antunes, Belle, Cho, Clarice Ambrozio, Das Starobinas, Ester Leal, Fernanda Pantuzzo, Flávia Paiva, Isabela Lacerda, Josefa Rouse, Lai Souza, Larissa Fujinaga, Layla Trindade, Lili Antonelo (Supervisora), Marcella Marin, Mantu Novaes, Mara Mbhali, Natalia Mioto Anastacio, Nat Rocha, Ornella Rodrigues (Supervisora), Priscila Pasetto, Rosane R., Sara Guimarães, Sofia Lisboa, Tamara Faifman (Supervisora) • Projeto de Acessibilidade Inclua-me: Arte e Cultura para Todos, Marina Baffini • Projeto de Iluminação Fernanda Carvalho • Assistência de Projeto de Iluminação Luana Alves • Projeto Audiovisual Primeira Opção, Sérgio Santos, Agnes Rosa • Projeto de Elétrica Murilo Jarreta • Projeto Estrutural Rogger Furtado • Conservação Ângela Freitas, Dulcinéia da Paz Rocha, Marília Fernandes, Sandra Sautter • Coordenação de Montagem Primeira Opção, Sergio Santos, Agnes Rosa • Equipe de Montagem Eloi Salvador, Jeff Lemes, Juan da Mata, Mel Carabolante, Samuel Luís Borges, Tato Blassioli • Execução do Projeto de Arquitetura Maxxy Stands • Execução do Projeto de Iluminação Santa Luz • Execução do Projeto Audiovisual MTECX (MAXI AUDIO) • Execução do Projeto de Identidade Visual Palazzo&Cremon Comunicação Visual Ltda. • Impressão Estudio 123, L A B Ô, Thiago Barros Arte Lab • Moldura A + Fix, Molduras Isonete Porto, Marton Estudio • Transporte Nacional Millenium Transportes e Logística • Transporte Internacional Millenium Transportes e Logística • Despacho Aduaneiro Macimport • Corretora de Seguro Affinité Seguros • Gestão Financeira Nelma Alós • Assistente Financeiro Tatiane Monteiro • Assessoria Jurídica Olivieri & Associados • Participantes do Programa Público Amara Moira, Ana Louise Keating, Ana Luchesse, Caio Jade, Clarissa Diniz, Daniela Labra, Dri Azevedo, Ellen Lima, Genevieve Hyacinthe, Giulia Passarinha, Hilda de Paulo, Ian Habib, Jane Eyre Piego, Joacine Katar Moreira, Juliana Fausto, Letícia Carolina Nascimento, Luciara Ribeiro, Maíra Freitas, Mariléa de Almeida, Rodolpho Corrêa, Sandra Benites, Sidnei Nogueira, tatiana nascimento • Coleções, Acervos e Galerias Ateliê Panmela Castro, Carolee Schneemann Foundation, Coleção de Josef Vascovitz e Lisa Goodman, Coleção de Tiago Baltar, Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/ Doação de Therezinha de Jesus Estellita Pinheiro de Oliveira, Electronic Arts Intermix (EAI), Galeria Nara Roesler, Galeria Superfície, Galeria Vermelho, Hales Gallery, Instituto Brígida Baltar, P·P·O·W Gallery, Swivel Gallery, The Laura Aguilar Trust of 2016 • Licenciamentos Artists Rights Society, AUTVIS Brasil, Miguel Pachá, Stuart Bernstein Representation for Artists • Agradecimentos Aline Siqueira, Artha Baptista, Bárbara Iara, Bianca Cabrera, Cátia Louredo, Christopher Velasco, Claudia Saldanha, Darlene Monteiro, Elisa Carollo, Flávia Brasil, Frederico Bertani, Grace Hong, Graham Wilson, Isaac Alpert, Jean Frémon, Jennifer Brennan, Joana Leonzini, Jocelino Pessoa, Jon Cancro, Jooyoung Friedman-Buchanan, JR Pepper, Juan Maro, Júlio César Carvalho, Karl McCool, Lydia de Santis, Maria Gripp, Marcell Boareto, Marissa Graziano, Mary Sabbatino, Miguel Pachá, Natalia Miyashiro, Patricia Dias, Paul Loughney, Rachel Churner, Ricardo Ventura, Serafim Bertoloto, Stuart Bernstein, Sybil Vengeas, Tiago Baltar Simões, Tiê Higashi, Ygor Landarin

 

Fotografias de Joana França

 

Catálogo

HILDA DE PAULO (Org.). terra abrecaminhos. 1. ed. São Paulo: Sesc São Paulo, 2023. ISBN: 978-65-892394-0-6. Ver em: PDF

 

Clipping

SP-Arte, 19 de outubro de 2023

Veja São Paulo, 12 de outubro de 2023

e-flux, 24 de setembro de 2023

Revista e – Setembro de 2023

 

 

Visita guiada com as curadoras Hilda de Paulo e Maíra Freitas

 

Programa Metrópolis com a curadora Maíra Freitas sobre as exposições Ana Mendieta: Silhueta em Fogo e terra abrecaminhos

 

Vídeo com as curadoras Daniela Labra, Hilda de Paulo e Maíra Freitas sobre as exposições Ana Mendieta: Silhueta em Fogo e terra abrecaminhos produzido pela Arte!Brasileiros