Tales Frey, Thighlighting, 2020. Objetos cinéticos em acrílico, diâmetros de 100 cm, 60 cm, 30 cm
Em 2020, ao revisitar um desenho elaborado por mim em 2018 durante a primeira quarentena para conter a pandemia do coronavírus, houve um resgate de experiências muito remotas e que, somente em 2020, consegui assimilar como estímulos (agora completamente evidentes) para a minha prática artística. Uma das lembranças – que hoje entendo como flagrante influência para mim – foi a minha aproximação com a Academia Corpus, um ginásio desportivo que a minha mãe teve durante os finais dos anos 80 e início dos 90 no interior de São Paulo, onde eu presenciava ensaios de coreografias de dança e movimentos rítmicos em aulas de grupo com corpos femininos uniformizados em trajes quase similares e padronizados em suas fisionomias a satisfazerem as exigências de um padrão hegemônico.
“Thighlighting” é uma escultura cinética inicialmente elaborada em papel rígido (ainda como croqui) sob o objetivo de ser apresentada em acrílico reciclado, através da qual exponho pernas assimiladas como femininas, embora correspondam aos meus próprios contornos corporais.
O termo “thighlighting” faz referência a um processo estético que consiste basicamente numa reforma completa das pernas para homens e mulheres através de cirurgias ou métodos naturais.
HISTÓRICO
[2022] Exposição individual Vestir Estratégias para Despir Normas. Espaço Mira, Porto, Portugal.
[2022] Exposição individual Partilha de Ilusões. Galeria Verve, São Paulo-SP, Brasil.
[2022] Exposição individual Academia Corpus. Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
[2021] Exposição individual Entre a Tensão e o Delírio. CAAA Centro Para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, Portugal.
[2020] Exposição individual Indicadores da Carne. Galeria Ocupa, Porto, Portugal, 2020.
Tales Frey, Thighlighting, 2020. Objetos cinéticos em acrílico, diâmetros de 100 cm, 60 cm, 30 cm